domingo, 27 de junho de 2010

Com gana e bom futebol, a África terá um representante nas quartas-de-final


Pelo que havia mostrado na primeira fase, a seleção norte-americana tinha um ligeiro favoritismo no confronto diante de Gana, nas oitavas-de-final.

Mas um erro do volante Clark, logo nos primeiros minutos da partida, atropelou qualquer prognóstico. O meia Boateng desarmou o rival, arrancou até a área americana e chutou com precisão pra abrir o placar.

O gol teve o peso de um golpe de Mike Tyson, pra citar um compatriota dos jogadores da seleção derrotada. Foi um nocaute.

O time de Bob Bradley ficou 45 minutos na lona, aceitando a pressão da equipe africana. Por sorte, o primeiro tempo terminou apenas 1 x 0.

E como muitas vezes o futebol castiga quem perde chances para ampliar, o meia Donovan empatou o jogo na etapa final, batendo um penal (bem marcado) com categoria.

Antes, o carioca naturalizado americano Feilhaber havia entrado no lugar de Findley, alteração que melhorou, e muito, o rendimento do time.

O empate ao final do jogo culminou com a primeira prorrogação da história das duas seleções em Copas.

E logo em seus primeiros instantes, tivemos a mesma história do primeiro tempo.

Desatenção da defesa americana e um novo gol de Gana, desta vez marcado pelo ótimo atacante Gyan (o melhor do jogo, em minha opinião).

Só que desta vez, o time do Tio Sam não teve nem tempo, muito menos força para reagir. E assim não conseguiu repetir a bela campanha de 2002, quando chegou às quartas-de-final, ou a da primeira Copa da história, em 1930, quando alcançou a semifinal.

Já o time de Gana pela primeira vez se classifica para as quartas e é a terceira equipe do continente africano a ficar entre os oito melhores de um Mundial.

E se passar pelo Uruguai, será o primeiro semifinalista africano, superando as boas campanhas de Camarões, em 90, e Senegal, em 2002 (ambos foram eliminados nas quartas).

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