quarta-feira, 16 de junho de 2010

Camisa 10: abençoada ou pesada?

A estreia de Kaká na Copa do Mundo definitivamente não foi boa. Na realidade, deixando qualquer patriotismo ou simpatia pelo craque de lado, sua participação na vitória brasileira foi bem fraquinha.

Em sua terceira Copa, o ex-são paulino joga pela primeira vez com a camisa dez. Camisa que muitas vezes traz um peso enorme a quem a veste.

O número 10 não pode ser considerado o culpado pelos fracassos de alguns jogadores, é claro. Mas é curioso notar que a camisa que já foi dos geniais Pelé e Rivelino não deu muita sorte a Ronaldinho Gaúcho, no último Mundial. E na época, o brasileiro era considerado o melhor do mundo.

Em 94, o camisa dez brasileiro foi Raí, outra decepção que deixou o time titular a partir da terceira rodada.

Em 90, estranhamente o técnico Lazaroni deu a camisa 10 para o reserva Silas, que jogou pouco mais de 20 minutos em todo o Mundial.

E em 86, Zico sofreu com uma contusão, jogou poucos minutos em apenas três partidas e ainda desperdiçou um penal contra a França!

Porém, se serve de consolo, além de Rivelino e Pelé, tivemos outros dois camisas 10 jogando em alto nível em Mundiais.

O próprio Zico jogou maravilhosamente bem em 82 e Rivaldo fez sua parte em 98, além de ter sido decisivo, ao lado de Ronaldo, em 2002.

Oxalá Kaká não sinta o peso do místico número nas próximas rodadas e possa mostrar o futebol objetivo e vertical que o consagrou no Milan.

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