quarta-feira, 22 de abril de 2009

Palpites errados, estigma mantido


Ok, errei duplamente em meus palpites para as semifinais do Paulistão. Apostava com convicção em Palmeiras e São Paulo e caí do cavalo. Errei também ao acreditar que o Corinthians não conseguiria encarar de igual pra igual o Tricolor.

E teria errado esse último palpite mesmo que aquela bola de Borges no travessão tivesse rumo certo e o Tricolor tivesse vencido o segundo jogo.

Sim, pois o Coringão fez mais do que jogar de igual pra igual com o atual tricampeão brasileiro. Soube marcar bem seus laterais, volantes e meias, soube aproveitar os contra-ataques (no segundo jogo) e conseguiu pressionar o rival na primeira partida, quando tinha um homem a mais em campo.

Vale lembrar, que na primeira fase, o São Paulo jogou com um homem a mais em campo durante 60 minutos e não conseguiu vencer o Timão.

O Corinthians conseguiu tirar proveito da expulsão de André Dias na primeira partida e, melhor ainda, tirou proveito de sua ausência no segundo jogo, matando a partida em dois lances seguidos de muita inspiração de Ronaldo. E transpiração também, já que o atacante chegou a atingir a velocidade de 36km/h no pique do segundo gol.

Enfim, vimos em dois jogos a mudança radical de um time que, durante toda a primeira fase, embora tenha se mantido invicto, não contra-atacou com organização, não apresentou jogadas ensaiadas e não mostrou padrão tático. Mano Menezes me fez morder a língua, armando um time compacto e arrojado, mesmo quando apenas o empata servia.

É lógico que o Timão levou pressão no primeiro tempo e até bola na trave tomou no início da etapa final. Correu riscos, mas teve a jogada do contra-ataque. Poderia levar o gol a qualquer momento, mas provavelmente esse gol não sairia (como não saiu) pelo meio, já que Jorge Vágner e Hernanes não conseguiram criar.



O mais importante para a Fiel, além das duas vitórias, é claro, foi ver o Coringão voltar a jogar como grande, diante de outro grande.

Nos últimos quatro anos, o time do Parque São Jorge havia virado saco de pancadas dos rivais. Começa, no entanto, a voltar a brilhar nos clássicos.

Neste ano, já são três vitórias, dois empates e nenhuma derrota. E contra o São Paulo, rival de quem mais vinha perdendo jogos nos últimos anos, já não sabe o que é uma derrota há mais de dois anos (venceu três e empatou outras três nos últimos seis confrontos).

Por sinal, manteve um estigma interessante (ao menos para a Fiel) diante do time do Morumbi: o de quase sempre vencer nos confrontos chamados "mata-mata".

Domínio alvinegro!
Buscando rapidamente em minha memória os encontros importantes dos rivais nos últimos trinta anos, cheguei a um resultado esmagador a favor do alvinegro. Foram 13 sucessos e apenas 5 eliminações em 18 confrontos decisivos, de 1977 pra cá.

As vitórias do Tricolor vieram nas decisões de Paulista de 87, 91 e 98, na semifinal do Paulista de 2000 e na semifinal da Conmebol de 94 (com o Expressinho).

O Coringão triunfou na fase decisiva do Paulista de 77, nas finais dos Paulistas de 82, 83, 97 e 2003, nos quadrangulares semifinais dos Paulistas de 88 e 93, na decisão do Brasileiro de 90, na semifinal do Paulista de 99, na semifinal do Brasileiro de 99, na decisão da Liga Rio-São Paulo de 2002, na semifinal da Copa do Brasil de 2002 e nesta última semifinal.

Contra o Santos, em duelos "mata-mata", o domínio do Timão é também amplo.





O Coringão eliminou o rival praiano na semifinal do Paulista de 87, no quadrangular semifinal do mesmo torneio em 88, no triangular semifinal novamente do Paulista de 89, na decisão da Copa Bandeirantes de 94, no quadrangular semifinal do Paulista de 95, no quadrangular final do Paulista de 97, na semifinal do Brasileiro de 98 e na semifinal do Paulista de 2001.

Porém, em finais, a história muda totalmente. Nos últimos 25 anos, foram apenas duas decisões (deixando de lado, claro, a Copa Bandeirantes, que não foi um grande torneio). E o Peixe venceu ambas: o Paulistão de 84 e o Brasileirão de 2002.

Qual estigma desta vez será mantido? A invencibilidade histórica do Peixe em decisões contra seu maior inimigo ou a tradição corintiana em momentos decisivos nas últimas décadas? A resposta será dada em longos e, provavelmente deliciosos, 180 minutos. Teremos uma grande decisão!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Integrante do Pato Fu, John vive fase de produtor


Enquanto a esposa (e colega de Pato Fu) Fernanda Takai segue divulgando seu CD solo, o guitarrista, cantor e compositor John se dedica a inúmeros trabalhos de produção.

Ele assina os novos álbuns das cantoras Zélia Duncan e Érika Machado, além de produzir o novo CD do grupo Falcatrua, que terá sucessos de Tim Maia no repertório. Os três discos estarão em breve nas lojas.

John ainda encontra tempo para acompanhar Fernanda em sua turnê solo, tocando em shows por todo o Brasil.

O sorriso e a pureza de um gol

Com belos gols, Neymar e Cristian decidiram as primeiras partidas da semifinal do Paulista 2009.

O santista, com cara, idade e alma de garoto, deixou o pentacampeão Marcos estático, sem reação. Já o corintiano, que de garoto não tem mais nada, até permitiu que o também pentacampeão Rogério se mexesse, mas num reflexo tardio e inútil.

Cristian já deve ter sido inocente um dia. Já deve ter sorrido como criança ao fazer um gol. Exatamente como fez Neymar, após o golaço contra o Palmeiras.

No entanto, como não existem Peter Pans nos gramados (ou em qualquer outro lugar, a não ser em livros e desenhos), o volante corintiano há muito tempo deixou a pureza de lado. Prova disso foi o gesto infeliz feito após seu golaço no Pacaembu.

Não quero aqui crucificar o atleta. Não acho, ao contrário de muitos, que uma suspensão seria justa ou adequada.

Cristian pisou na bola, pediu desculpas e merece puxões de orelha. De seu treinador, de seus companheiros e até mesmo dos tribunais esportivos.

Doar cestas básicas para uma entidade carente seria, em minha modesta opinião, a punição ideal. Desta forma, um erro que serviu de péssimo exemplo para milhões de crianças ao menos premiaria algumas dezenas delas, convertendo-se numa boa ação.

Resumindo, caro Cristian, cujo futebol eu tanto admiro, um gol tão lindo e importante não merecia uma comemoração tão esdrúxula. Combinaria mais, por exemplo, com um sorriso como o de Neymar, mesmo que sem a mesma pureza.

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Além de Cristian e Neymar, vale reconhecer também a importância dos gols marcados por Kléber Pereira e Elias. As vantagens pelo empate nesta fase agora são de Santos e Corinthians, times que ainda precisarão mostrar mais raça e inspiração do que os rivais, teoricamente mais fortes, na segunda partida.

Na prática, ainda está tudo indefinido. Não há prováveis vencedores, embora eu não tenha mudado meus palpites (na semana passada, cravei São Paulo e Palmeiras na decisão).

Há sim, no entanto, uma probabilidade enorme de voltarmos a ver dois belos jogos neste final de semana. O tal do "Paulistinha", ao menos nesta reta final, voltou a ser o Paulistão de outros
tempos!

Piadinha! A mulher com o melhor físico do mundo


quinta-feira, 9 de abril de 2009

Legião Urbana ganha site oficial


Os fãs da Legião Urbana poderão navegar, em breve, no primeiro portal oficial da banda. Avalisado pelos herdeiros de Renato Russo e por Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, o site será interativo e entrará no ar completo, no segundo semestre deste ano.

Cifras revisadas pelos músicos, cronologia, discografia, memorabilia dos "legionários" e muitos outros arquivos estarão disponíveis de forma digital e legal, pela primeira vez.

Quem quiser colaborar com o projeto e se cadastrar, pode desde já acessar o novo endereço (http://www.legiaourbana.com.br/), já ativado.

Outra novidade poderá ser conferida nas telonas, mas apenas em 2010! A vida de Renato Russo será contada num longa-metragem do diretor Antonio Carlos Fontoura.

As filmagens terão início no segundo semestre, com o ator Thiago Mendonça interpretando o papel do cantor e compositor do grupo Legião Urbana. Curiosamente, esta é a segunda vez que o ator interpreta um cantor famoso. O primeiro foi o sertanejo Luciano, em "Dois Filhos de Francisco".

O filme deve se chamar "Somos tão Jovens" e mostrará a adolescência de Renato e seus primeiros passos na carreira, já ao lado dos parceiros do Aborto Elétrico, seu primeiro grupo.

A cantora e atriz Marjorie Estiano também estará no elenco do filme, interpretando Ana Cláudia, personagem fictício, mas que terá características de algumas das melhores amigas do artista na adolescência.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Atitude, altitude e o puxa-saco!

A última rodada dupla das eliminatórias se iniciou como um tsunami para a nossa seleção, mas acabou virando uma marolinha.

Depois do futebol horroroso mostrado no Equador e da perda de posições na tabela, o time de Dunga conseguiu a esperada vitória contra um já derrubado Peru (esqueçam o aparente duplo sentido da frase. A intenção aqui é definir a ruindade do time peruano) e ainda se beneficiou com os tropeços de Chile, Uruguai e Argentina, voltando a ocupar uma colocação tranquila na classificação.

E mais, com a derrota vergonhosa dos argentinos para a frágil Bolívia (e também para a não tão frágil assim altitude) e o empate dos líderes paraguaios em Quito, uma nova série de desculpas já está armazenada para as próximas entrevistas de Dunga.

Afinal, o Brasil não é o único gigante a tropeçar diante dos mais fracos. E a seleção ocupa a vice-liderança, com quatro pontos a mais que o quinto colocado (Uruguai, que hoje teria de enfrentar um time da América Central, na repescagem).

Verborragia que certamente não apagará os momentos ridículos do melancólico empate diante do Equador. Vencer o Peru por 3 x 0 era o mínimo que o Brasil poderia fazer, atuando em casa.

Assim como era obrigação encarar o Equador de igual pra igual. Não foi o que aconteceu.

O Brasil foi dominado de forma arrasadora e jogadores como Ronaldinho, Josué e Gilberto Silva (que seguem sendo convocados pelo nome e não pelo futebol dos últimos meses) não acertaram um único lance. A altitude atrapalhou, mas não tanto quanto a atitude. Ou a falta da mesma.

Assim como faltam jogadores que vivem ótimos momentos em seus clubes, casos (já citados nesta coluna) de Hernanes e Nilmar. Bato na mesma tecla há anos. Seleção não é lugar para titulares perpétuos.

Perdemos a última Copa com os "imexíveis" Cafu, Roberto Carlos, Gilberto Silva e Ronaldinho. O mesmo Ronaldinho que "andou" em campo no Equador.

É preciso fazer sempre experiências. E dar chance a novas estrelas.



Por falar em estrelas, o falastrão Diego Maradona viu seus jogadores tomarem um vareio da altitude boliviana.

O mesmo Maradona que, alguns meses atrás, foi bater bola com o populista Evo Morales para manifestar seu apoio à Bolívia, que havia sido proibida de jogar partidas oficiais na altitude (determinação que seria posteriormente revogada).

"Nem Deus pode impedir que um país jogue em seu território", disse na época o agora treinador.

Caro Dieguito, deixe Deus fora disso. Há problemas maiores no mundo, como a falta de liberdade em Cuba, por exemplo, outro país miserável que você venera, com os quais Deus deve se preocupar.

Deixe que a FIFA se preocupe com a injusta altitude. Um "doping" natural que muitas vezes torna um disputa desleal.

Agora, se a culpada não foi a altitude, fica difícil compreender uma derrota tão ridícula.

Só posso imaginar duas alternativas: ou os argentinos desaprenderam a jogar, o que convenhamos, é pouco provável; ou seu novo treinador é tão incompetente quanto os líderes latino-americanos dos quais vive puxando o saco.