quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Crônica sobre Rogério Ceni

Agora, uma merecida homenagem ao goleirão Rogério Ceni! Também em crônica exibida no programa Esquenta!



Crônica do centenário

Demorou um pouquinho, mas segue finalmente abaixo a crônica que escrevi para o programa Esquenta (Transamérica FM) do dia 5 de setembro. Pedindo licença aos torcedores dos grandes rivais, trata-se de uma sincera homenagem ao meu time do coração!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Torcer pelo Corinthians é ...


Que bela quarta-feira a que estamos vivendo! Hoje é um dia mais do que especial para o Corinthians, para o futebol e para o esporte nacional.

Não é todo dia que uma paixão seguida por quase trinta milhões de fiéis completa cem anos de história

Como falta tempo para tentar explicar todo o meu amor por ti, Coringão, reproduzirei abaixo um texto que escrevi há alguns anos para o livro "Top 10 Timão", do meu amigo Andre Martinez.

E parabéns a todos os corintianos por esta data alvinegra tão significativa!

Torcer pelo Corinthians é...!

Há algumas semanas que estou namorando este texto em meus pensamentos. Queria esperar alguma grande exibição do Todo Poderoso para motivar meus neurônios e embalar minha prosa. Mas o time do Parque São Jorge tem a estranha e impertinente mania de nos pregar peças. Há alguns instantes, na verdade poucos minutos antes de eu me sentar à frente do computador, acabamos de perder nosso sexto jogo seguido no Campeonato Brasileiro. E sem fazer gol em nenhum deles...

Penso então com meus botões: que outro time no mundo, mesmo tendo conquistado recentemente o título nacional, consegue ficar seis rodadas seguidas com a mesma pontuação e o mesmo número de gols próprios? Só poderia mesmo ser o time que fica 23 anos na fila, que fica não sei quantos anos sem perder de um time do litoral, que perde duas Libertadores seguidas nos penais para o maior rival, que vê um jogador do nível de Rivelino nunca levantar uma taça, etc... Enfim, são coisas que só acontecem com o Timão.

Talvez por isso digam por aí que somos sofredores. Mesmo conquistando um título atrás do outro nos últimos anos, seguimos sofrendo e sonhando com dias mais calmos. Com períodos longos sem crise, com dirigentes competentes, com um estádio que possa abrigar nossa grandeza, uma zaga segura...

Mesmo assim, cá estou eu escrevendo. Mesmo cercado de desilusões, vou segurando o ímpeto irracional de exaltar as tantas e tantas virtudes do maior time que este planeta já viu. O corintiano é assim mesmo. Fiel e apaixonado. Incontrolavelmente apaixonado. Quanto mais nosso time perde, mais insistimos em seguí-lo. E mais linhas vou escrevendo.

Tolo que sou, às vezes imagino que dezenas ou centenas de frases possam expressar nossas alegrias ou decepções com o Timão. Porém, logo recupero o bom senso e percebo o quão inútil é tentar explicar esta paixão. Amor que outros torcedores jamais sentirão.

Torcer pelo Corinthians é saber que a qualquer momento o pior pode acontecer. É saber que tudo será mais difícil e que todos estarão rezando por nosso fracasso. É saber que é perfeitamente possível ficar seis jogos sem somar um pontinho sequer. Porém, torcer pelo Corinthians é também saber que a alegria pode até tardar, mas certamente virá. E em dimensões absurdamente maiores do que a felicidade de qualquer outra torcida.

Torcer pelo Corinthians é ter ídolos geniais barbaramente diferentes, como o Pequeno Polegar, o Reizinho do Parque e o Doutor Sócrates. Em que outro time alguém como Biro Biro seria ovacionado? Em que outra agremiação haveria um movimento como a Democracia Corintiana? E por que os heróis dos outros não são tão odiados e perseguidos quanto Neto, Marcelinho, Ronaldo, Vampeta e Tevez?

Torcer pelo Corinthians é demorar pra ganhar o primeiro título brasileiro, mas depois ganhar mais troféus nacionais, contando Brasileirão e Copa do Brasil, do que todos os rivais paulistas. É ficar mais de duas décadas sem erguer uma taça, mas mesmo assim dominar com sobras os títulos do Paulistão. É não ganhar a Libertadores, mas conquistar com justiça o primeiro Mundial de Clubes organizado e reconhecido pela FIFA. É ser execrado pela imprensa e ridicularizado pelos rivais, mas dar a volta por cima (e também a olímpica) em menos de alguns meses, como nas conquistas do Paulista de 2001 e Brasileiro de 2005.

Torcer pelo Corinthians é sempre pensar com entusiasmo na próxima batalha, mesmo que a última tenha sido decepcionante. É saber que a paixão será sempre a mesma, com vitórias ou com derrotas. É escrever com orgulho sobre tudo isso mesmo após seis derrotas seguidas. Que venha a sétima, eu não ligo. Ou então, que venha logo a redenção. Como sempre deliciosamente acontece!