sexta-feira, 29 de maio de 2009

Lições de Guardiola (Por Wilson Junior)

Lionel Messi é o melhor jogador do mundo na atualidade. Samuel Eto’o é o atacante com faro de gol mais apurado dos últimos tempos. Thierry Henry é qualidade com experiência nessa trinca de atacantes. Xavi Hernandez é o maestro e Andrés Iniesta está por toda parte, sempre onde deve estar. Daniel Alves é abusado na medida certa.

O Barcelona tinha todas as peças para se tornar o que a final da Liga dos Campeões o consagrou: o grande time da temporada, na Europa e no mundo. Mas foi além: encantou, jogou o tão proclamado ‘futebol bonito’ que os saudosistas e os apaixonados insistem em pregar. Neste ponto, mérito total de Josep Guardiola.

O técnico espanhol implantou o esquema com três atacantes na medida certa, soltando as feras aos poucos ao longo da temporada. E teve a coragem de manter seu ousado esquema numa decisão em jogo único contra a equilibrada equipe do Manchester United. Correu os riscos, colheu os benefícios. Equipe nenhuma no mundo pode se abrir contra uma trinca de frente que tenha Messi, Henry e Eto’o. E usá-los juntos muitas vezes é também uma forma de se defender.


O jogo bonito
É possível jogar bonito e ser vitorioso, mas os defensores do futebol de resultado não precisam se preocupar. Para que isso aconteça, é preciso ter as peças. Como tem o novo campeão europeu. Como tinha o Brasil na Copa de 70. Como tinha o Palmeiras de 1996, campeão paulista com Luxemburgo. E nem sempre é garantia de sucesso, vide a seleção brasileira em 82.

Além de ter as peças, é preciso saber usá-las. A seleção brasileira de 2006 tinha o melhor material humano dentro das quatro linhas. Ronaldinho Gaúcho, Kaká, Robinho, Adriano, Ronaldo, Juninho Pernambucano, Zé Roberto – todos em grande fase ou muito próximos dela. Veja se eles jogaram com a leveza do Barcelona atual?

Uma das principais diferenças entre aquela seleção de Parreira e o time de Pep Guardiola está na utilização dos espaços. O Barça abre o jogo. Daniel Alves estica na direita, Henry abre pela esquerda. O adversário tem que se espalhar e falta gente pra conter a habilidade do resto da turma, com a movimentação intensa de Messi, Xavi e Iniesta, alternando entre os dois lados do campo. Enquanto isso, o Brasil de 2006 parecia um time de pebolim – ou totó – com os jogadores engessados em suas posições.

Bota ponta, Dunga!
Como as águas passadas têm um ditado próprio para elas, vamos tratar de atualidade. Mais até do que seu antecessor, Dunga tem as peças para fazer o Brasil jogar como o Barcelona, numa edição reformada do: ‘bota ponta, Telê’. A equipe que conquistou a tríplice coroa na Espanha trouxe o argumento que eu esperava para defender o esquema de três atacantes na seleção brasileira – algo que amigos próximos classificam como “muito arriscado”.

A base do funcionamento do clube catalão é a movimentação. E o Brasil tem atacantes e meias com a leveza necessária para que ela aconteça. Robinho, Alexandre Pato e Nilmar são jogadores que podem atacar abertos pelos dois lados do campo, abastecendo o nosso Eto’o, que não seria Obina, mas Luís Fabiano (ou Ronaldo, quando estiver na forma que exige uma Copa do Mundo).

No meio-campo, temos a indispensável genialidade de Kaká, aliada a uma série enorme de Xavis e Iniestas abrasileirados. Para ficar nos mais jovens e já chamados pelo menos uma vez por Dunga: Ramires, Hernanes, Anderson, Lucas. Todos em plena condição de atacar e defender com a mesma competência e habilidade. Até o Elano pode fazer essa função, para agrado da teimosia do nosso treinador.

Defender é preciso
Alguns jogos, claro, exigem um pouco mais de cuidado na marcação. Para a final da Liga dos Campeões, por exemplo, a missão de carregar o piano barcelonista ficou com o pouco conhecido Busquets. Pode ser o pretexto para Dunga escalar seus Josués e Gilbertos Silvas, o que nos permitiria até liberar nossos laterais mais que os do Barça.

Outra lição de Guardiola está no cuidado com a defesa. O espanhol, que não é bobo nem nada, também cuida muito bem do setor. Repare que os ofensivos Sylvinho e Dani Alves raramente jogam juntos. Aliás, o canhoto só jogou contra o Manchester porque o dono da direita estava suspenso.

No Barcelona, um dos laterais é sempre mais defensivo. E a final da Liga dos Campeões teve o zagueiro Puyol cuidando da direita, enquanto o brasileiro Sylvinho se arriscava na esquerda. Cauteloso, mas sem abdicar do ataque. Mesmo sem muita manha, o capitão do Barça foi à linha de fundo pelo menos duas vezes e levou perigo à área do adversário.

O falso lateral
Transferindo a questão para a seleção brasileira, significa dizer que, para ter uma equipe mais leve e perigosa na frente, Dunga não pode escalar o mesmo Daniel Alves ao mesmo tempo que Kleber, Marcelo ou André Santos – nossas principais opções do lado esquerdo são altamente ofensivas. Ou seja, teríamos que escalar um lateral mais contido na canhota ou optar por Maicon, que sabe fazer bem essa função mais defensiva, pois já atuou várias vezes assim na Inter de Milão.

O recurso de utilizar um terceiro zagueiro como lateral disfarçado também funciona. No Brasil, vários técnicos já recorreram a esse artifício com sucesso, incluindo dois times que foram campeões no segundo semestre do ano passado. Em vários jogos do Internacional, o agora palmeirense Marcão fez a função de lateral esquerdo no time campeão da Copa Sul-Americana. Já o são-paulino André Dias foi por diversas vezes o lateral-direito de Muricy Ramalho, iniciando as ações ofensivas do Tricolor por aquele lado.

Sonho e realidade
Para a Copa das Confederações, Dunga tem a chance de armar um time com: Júlio César; Daniel Alves, Lúcio, Juan e Kleber; Anderson, Ramires e Kaká; Robinho, Luís Fabiano e Alexandre Pato (Nilmar).

Nada muito distante do Barcelona, campeão europeu. E falta de tempo para entrosar os jogadores não serve como desculpa. Mas não espere nada disso. O fato é que veremos três volantes menos ousados, com Kaká, Robinho e Luís Fabiano. Um time forte... mas de resultado, não de plástica.

Guardiola x Dunga
Pep Guardiola é um técnico jovem e que logo no início da carreira pegou um dos maiores clubes do mundo para comandar. Trajetória bem parecida com a de Dunga. Os dois foram volantes de destaque na década de 90. A diferença é que o técnico espanhol aprendeu com Johan Cruyff, enquanto o brasileiro aprendeu com Parreira.

Dizer que um foi campeão do mundo e outro não, seria comparar Romário a Raul. Ainda assim, Guardiola foi medalha de ouro na Olimpíada de Barcelona-92, marcando o gol do título. Dunga foi prata em Los Angeles-84 e já como treinador levou o bronze de Pequim-2008.

Usando a expressão mais do que batida, Guardiola fez de seus limões uma limonada. É possível que Dunga também produza algum suco. A diferença está no sabor. O espanhol soube dar um toque de açúcar. Já a bebida brasileira tende a ser servida com o amargo da casca e o azedume do limão.

Quem foi, foi. Quem não foi, fica. Admirando o Barça. Sofrendo com a seleção.

Wilson Junior é editor de esportes da Band.

Nota do blogueiro: Wilson Junior, também conhecido como Juninho Furacão (apelido dado pelo nosso Henrique Guilherme), iniciou sua carreira jornalística, ainda garoto, quando cursava o colegial, na equipe de esportes de Éder Luiz, na Band FM. Já naquela época, mostrava-se um grande entendedor de futebol. Aprendeu ainda mais com o tempo e a experiência profissional, como se percebe no belo e didático texto acima!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Ex-corintianos nos campeões europeus. E a rodada de quarta-feira...


Ao contrário do que aconteceu na última decisão da Copa da UEFA, que teve três gols brasileiros (Luiz Adriano e Jadson, pelo Shakhtar, e Naldo, pelo Werder Bremen), e em finais recentes da própria Liga dos Campeões, nenhum jogador de nosso país brilhou na vitória do Barcelona sobre o Manchester por 2 x 0.

Sylvinho (foto) e Daniel Alves foram nossos representantes na terceira conquista européia do Barça. Mas apenas o primeiro esteve em campo na final. E ainda assim, com atuação discreta.

Do outro lado, também um único brasileiro. Que também teve atuação discreta: o ex-gremista Anderson, substituído no intervalo por Tevez, justamente o outro personagem da decisão com passagem pelo Brasil.

Dois ex-corintianos e um ex-gremista. Dois brasileiros e um argentino.

É curioso notar a presença de ex-jogadores do Coringão em quase todos os últimos campeões europeus.

Paulo Sérgio ganhou com o Bayern, em 2001; o goleiro Dida, com o Milan, em 2003 e 2007; Deco com o Porto, em 2004, e com o Barça, em 2006; e Tevez com o Manchester, em 2008.

Apenas o Real Madrid, em 2002, e o Liverpool, em 2005, não entram na lista.

Estranha-me a coincidência pelo fato do Timão ter "exportado" craques em menor número do que São Paulo, Inter, Flamengo, Santos e Grêmio, entre outros rivais, nos últimos anos. Basta ver as últimas convocações de Dunga para reparar no número inexpressivo de ex-corintianos na seleção.

O que se explica pelos elencos medianos que o clube teve de 2003 em diante. Exceção feita aos "galáticos" da MSI e ao atual time titular, que vem jogando muito bem.

Falando um pouco mais do campeão paulista, embora a fase seja excelente, o técnico Mano Menezes ainda precisa extrair uma postura mais regular de seus comandados durante os 90 minutos de uma partida.

Em três jogos recentes (contra Santos, Fluminense e Vasco), o time se acomodou diante da vantagem no placar e só acordou ao levar gols. Fica a impressão que os jogadores amolecem com a facilidade encontrada, ao invés de partirem pra cima do adversário quase nocauteado.

Mesmo assim, com a grande fase de Dentinho e um toque de bola quase encantador no meio-campo (com a ressalva de que Douglas, André Santos e Morais perdem muitas bolas de maneira infantil), o Coringão está a um passo da decisão da Copa do Brasil.

Mais perto ainda desta final está o Colorado, que nem precisou de Nilmar para arrebentar com o Coritiba, na primeira partida.

Em outro duelo nacional, mas pela Libertadores, o Cruzeiro está em vantagem.

Porém, ganhou de pouco do Tricolor, se levarmos em conta o futebol apresentado pelos dois times. Especialmente os gols perdidos na etapa inicial podem fazer falta à Raposa, no jogo da volta.

Depois de ser eliminado na casa do adversário duas vezes seguidas, mesmo tendo vencido o primeiro jogo (contra Grêmio e Fluminense, em 2007 e 2008), o técnico Muricy sabe que é perfeitamente possível conseguir a virada, diante de 60 mil tricolores (será?? Espero que a torcida sãopaulina finalmente acorde nesta temporada e encha o estádio).

Já o Grêmio trouxe um importante empate da terra do fanfarrão Chaves (não confundir com o personagem mexicano), manteve a invencibilidade no torneio e deve chegar à semifinal com tranquilidade.

Quanto ao Palmeiras, não espero nada além de uma vitória sobre o Nacional, mesmo que por diferença mínima, nesta noite, no Palestra.

Sendo assim, considero muito boa a chance de um brasileiro encarar o Barça, no fim do ano, em Dubai.

Pra quem gosta de números, nas outras duas participações do time catalão em Mundiais, o mesmo era considerado favorito (como deverá ser considerado nesta temporada), tinha um baita time (assim como o atual) e acabou caindo diante de brasileiros!

Perdeu para o São Paulo, em 92, e para o Inter, em 2006. Esperemos uma nova zebra de listras verde e amarelas em dezembro.

Nando Reis fala sobre novo CD, shows e, claro, futebol!



O cantor e compositor Nando Reis está lançando seu novo CD, "Drês" (Universal Music). O primeiro single, "Ainda não Passou", já está nas rádios. Você pode conferir um trechinho da canção, clicando aqui.

Sou fã do trabalho do ex-integrante do grupo Titãs. Especialmente como compositor. Nando também atua como colunista esportivo, escrevendo para o jornal O Estado de São Paulo.

Gosto da maioria de seus textos, embora alguns deles às vezes me pareçam subjetivos demais. Creio até que a idéia seja exatamente essa. Nando procura escrever sobre futebol de uma maneira diferente, quase sempre poética e intimista.

Nunca entrevistei o músico e compositor sãopaulino. Uma vez tentei, mas acabei tomando uma "invertida" por telefone. "Meu amigo, como é que você conseguiu esse número?"

Acho que ele tinha acabado de trocar de celular e estava com os filhos num momento de folga (ouvi barulho de criança ao fundo). Ficou incomodado por um jornalista já ter obtido o novo número.

Meu objetivo era marcar uma entrevista no Band Esporte, programa que apresentava na Band FM. Diante da recepção pouco calorosa do artista, no entanto, desencanei. Disse que ligaria num outro dia, mas deixei pra lá.

Nem o culpo pela reação. Não deve ser fácil ser um ídolo pop, reconhecido e perturbado a todo instante, inclusive nas horas de lazer e intimidade.

De qualquer maneira, e falando do que realmente importa, Nando concedeu uma entrevista muito bacana à newsletter SUCESSO e-mailing, veículo do qual sou editor.

Estamos publicando hoje o bate-papo do artista com o repórter Helder Maldonado. No link abaixo, você pode ler (e ouvir) a entrevista completa.

Nando fala sobre seu novo álbum, sobre a banda que o acompanha (Os Infernais), processos de composição, shows e, claro, de uma de suas paixões: o futebol.
Clique para conferir a entrevista!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

TABELINHA - FOFÃO


Nome: Helia Rogério de Souza Pinto (Fofão)

Idade: 39 anos

Posição: levantadora

Principal título: campeão olímpica em 2008

Planos para quando deixar as quadras: continuar trabalhando em outros segmentos do vôlei

Time de futebol do coração: Corinthians

Ídolo no esporte: Maurício (ex-levantador da seleção brasileira)

Ídolo na música: Exaltasamba

Novela: A Favorita

Prato preferido: Lasanha

Sonho de consumo: Casa na praia


Na foto abaixo, a jogadora e eu durante o programa Esquenta, no estúdio da Transamérica.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Herbert Vianna planeja disco solo


O vocalista e guitarrista Herbert Vianna pretende gravar em breve seu terceiro CD solo.

O líder dos Paralamas quer reunir um repertório de músicas que escreveu e nunca gravou: "São composições que fiz para outros artistas. Cantoras, em sua maioria. A idéia é fazer um disco simples, basicamente com voz e violão", explica.

Herbert, Bi Ribeiro e João Barone estão atualmente em turnê de divulgação do novo CD do trio, "Brasil Afora" (EMI).

Mal-agradecido

Não é de hoje que o goleiro Marcos mostra transparência em suas entrevistas. Especialmente depois de grandes derrotas, quando critica rispidamente o desempenho do time.

Alguns conselheiros do Verdão acham que ele poderia pegar mais leve e até concordam com o técnico Vanderlei Luxemburgo, que vive reclamando do destempero do arqueiro.

Mesmo assim, não pegou bem o fato do treinador ter voltado a criticar o jogador após a vitória nos penais sobre o Sport, pela Libertadores.

Após uma atuação espetacular do goleirão (fez defesas milagrosas no tempo normal e depois pegou três penais), Luxemburgo poderia ter apenas o elogiado.

Ao invés disso, afirmou que sabe que pode contar com Marcos dentro de campo, mas que só se preocupa quando ele abre a boca pra falar mal do time. "Aí é um perigo", brincou.

A declaração irritou alguns cartolas. "Numa noite em que Marcos salvou a pele do treinador, este poderia ter evitado qualquer crítica", comentou um conselheiro palestrino.

Sempre o calendário...


Como sempre acontece, o calendário equivocado do futebol brasileiro volta a prejudicar os times que mais se destacam. Nestes meses de maio e junho, enquanto os clubes europeus estarão em férias, nossos times estarão desfalcados pela seleção, jogando partidas importantes da Copa do Brasil e da Libertadores.

É uma vergonha. O Santos já perdeu uma Libertadores por isso. Foi eliminado pelo Atlético/PR, em 2005, por estar sem seus principais craques, todos servindo na época a seleção.

O Cruzeiro corre agora o mesmo risco: não terá Ramires na fase decisiva, convocado por Dunga para a Copa das Confederações.

Assim como o Corinthians não terá André Santos nas semifinais da Copa do Brasil. O lateral ganhou com justiça sua primeira chance na seleção. Mesmo que venha exagerando ultimamente nos toques displicentes.

Porém, trata-se de um atleta decisivo, goleador e com técnica apurada. Fará falta ao Timão.

Assim como Kléber e especialmente Nilmar, também lembrados por Dunga, farão falta ao Inter na mesma Copa do Brasil.

Mais sorte deu o São Paulo, que não perdeu Miranda (para muitos, a convocação do beque era certa) e ainda enfrentará a Raposa desfalcada.

Além do convocado Ramires, o Cruzeiro perdeu ainda o meia Vagner, machucado.

Aqueles que até então achavam que o time mineiro era favorito absoluto no confronto, talvez agora tenham nova opinião.

Jogar pela seleção é um feito admirável, um orgulho na carreira de qualquer jogador. Nenhum deles deve abrir mão desta honra.

Porém, a vitória pessoal dos atletas acaba passando por cima do bom trabalho feito pelos clubes, responsáveis pelo salários destes craques.

Já passou na hora de mudarmos nosso calendário e evitarmos essa corriqueira injustiça nos gramados.

P.S. A foto acima, extraída do tradicionalíssimo calendário da Pirelli, é da brasileira Gisele Bundchen, se é que o simpático leitor ainda não havia notado.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Uruguaios do Silicon Fly lançam CD no Brasil


Destaque no cenário musical uruguaio, a banda Silicon Fly canta em inglês e já pode ser ouvida na Transamérica e em outras emissoras de rádio FM do segmento pop em São Paulo.

O grupo está lançando por aqui o álbum "Find a Way", com destaque para a instrumental "Origin" e ainda as faixas "Nothing Left to Say", "Lose Control" e "Hollow Heart".

Gostei bastante do primeiro single, "Searching", que pode ser conferido abaixo, em video do youtube.

O Silicon Fly é a segunda banda uruguaia que tenta ganhar as paradas brasileiras. A primeira, No Te Va Gustar, chegou a fazer alguns shows com o Nenhum de Nós, mas ainda não conseguiu emplacar.

Pelo menos por enquanto, os jogadores de futebol uruguaios (De Leon, Lugano, Rodolfo Rodrigues, Pedro Rocha etc...) fazem mais sucesso por aqui do que seus compatriotas do rock.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Um corintiano com passaporte, em show histórico na Toscana!


Ser elogiado por Andrea Bocelli e ter seu repertório amplamente conhecido pelo tenor italiano já eram razões suficientes para o cantor e compositor Toquinho se orgulhar.

Ter se apresentado com o artista, ao vivo, no Parque da Independência, em São Paulo, há alguns dias, também foi uma alegria especial para o brasileiro.

Porém, Andrea Bocelli acaba de dar outra prova de sua enorme admiração por Toquinho. O brasileiro está entre os quatro convidados de Bocelli para um grande concerto, que será realizado no dia 18 de julho, no Teatro do Silêncio. Trata-se de um anfiteatro, construído pelo próprio tenor, na cidade de Lajatico, na região da Toscana.

O nome do teatro nasceu em razão do local tranquilo onde o mesmo se localiza. Segundo Bocelli, nos dias e noites sem shows, o local "se nutre apenas do harmonioso som do silêncio da natureza".

Os outros três convidados do show são da "série A" da música mundial: a canadense Celine Dion, o espanhol Placido Domingo e a italiana Laura Pausini.

Os torcedores rivais costumam dizer que o Corinthians não tem passaporte. Verdade ou não, um de seus mais ilustres seguidores tem muito mais do que passaporte e carimbos de entrada em dezenas de países.

Toquinho é um orgulho nacional, tem admiradores por todas as partes do mundo e mais uma vez representará com talento a música brasileira no exterior.

No dia 18 de julho, estará ao lado de outros três torcedores apaixonados por futebol: Bocelli (fanático pela Internazionale), Domingo (apaixonado pelo Real Madrid) e Laura Pausini (fiel seguidora do Milan).

Contando ainda com Celine Dion (que como boa canadense, não tem time de futebol, mas torce para o Montreal Canadiens, do hóquei), uma mini Copa do Mundo da música acontecerá em solo toscano!

Há mais mistérios entre o céu e a Conmebol...


A guerra civil na ex-Iugoslávia impediu a participação do país na Euro 92. Uma vaga tardia caiu então no colo da Dinamarca e o time de Laudrup, sem muita pressão, chegou à decisão, bateu os alemães e conquistou o título.

Recordo a conquista do país de Hamlet para lamentar os "saltos" dados por São Paulo e Nacional na atual Libertadores.

Faltou rapidez à Conmebol para decidir o que fazer com os jogos São Paulo x Chivas e Nacional x San Luis. Se os voos diários entre Brasil e México não foram cancelados, não havia razão para o cancelamento destes confrontos.

Tudo bem, eu não gostaria de viajar hoje ao México. Assim como repórteres do mundo todo que, no entanto, são obrigados a cobrir as novidades no "epicentro" da epidemia.

O fato é que as pessoas seguem viajando até lá e os mexicanos seguem viajando para o resto do planeta.

E pior do que a Conmebol impedir a realização dos jogos no país, foi a entidade não ter classificado as equipes que ficaram com o terceiro lugar nas chaves de San Luis e Chivas.

Desta maneira, São Paulo e Nacional perderam dinheiro (deixaram de faturar com a renda dos jogos nas oitavas), as emissoras de tevê perderam quatro transmissões e os outros seis clubes que passaram de fase correram riscos, tais como contusões e suspensões, que São Paulo e Nacional não tiveram de enfrentar.

Ganhar por W.O. em pleno século XXI é algo fora de moda. Nota zero pra Conmebol e nota dez para o goleiro Marcos, até aqui o grande nome desta segunda fase do torneio.

Ao contrário do Tricolor, o Verdão suou muito nas oitavas. Ganhou do Sport com justiça em casa, mas foi horroroso no Recife.

Luxemburgo e os jogadores sabem que devem a classificação ao arqueiro.

E o Palmeiras sabe que se repetir o futebol do segundo jogo não terá chance na competição. Por outro lado, as façanhas de Marcos encheram a equipe de moral.

Uma motivação que seu próximo adversário (Nacional) e o São Paulo não tiveram como ganhar.

Diria então o supra-citado personagem de Shakespeare: "ser ou não ser, eis a questão".

terça-feira, 12 de maio de 2009

Estreia no rádio, aos 14 anos




Amigos ouvintes e internautas, esta gravação já foi colocada no ar algumas vezes, mas tenho certeza que muitos não tiveram a chance de ouvir.

Para mim, trata-se de um registro importante, que guardarei sempre com muito carinho.

Para vocês, que acompanham meu trabalho na Transamérica, não deixa de ser um áudio curioso, mostrando o Thomaz "ouvinte", já apaixonado por rádio, aos 14 anos de idade.

Foi em novembro de 1990. Participei por telefone do quadro "Garotada de Talento", do programa "No Pique da Pan", sempre comandado pelo grande Vanderlei Nogueira.

O quadro trazia diariamente duas crianças ou adolescentes narrando um gol. Mas o legal é que toda criança narrava simplesmente um gol de seu time do coração, "escalando" jogadores daquela época mesmo, como Neto, Raí, Edu Manga, Almir, Viola, Müller, Paulinho McLaren etc...

Querendo fazer algo diferente, narrei um gol de um time dos sonhos do Corinthians (escalado com a ajuda de meu saudoso avô, João Villa Nova, citado na conversa com o Vanderlei) contra a seleção brasileira de 70.

O Vanderlei gostou muito e, algumas semanas depois, fui convidado a participar do programa, lá mesmo no estúdio.

Uma pena que na noite em que fui à Jovem Pan, não era o Vanderlei que estava no estúdio, mas sim o locutor Carlos Batista, que trabalhou muitos anos na emissora paulista. Eu só viria a conhecer o Vanderlei pessoalmente, muitos anos depois, já atuando no meio.

Os mais atentos notarão que no finalzinho do quadro, o Vanderlei comenta que gostou da narração com um tal "Zaidan". Era o Claudio Zaidan, brilhante âncora de rádio, atualmente trabalhando como comentarista esportivo e apresentador da Bandeirantes AM.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Os números e a importância de um título!


Ser campeão paulista não é novidade para o Corinthians, maior detentor de troféus da competição. Além disso, os torneios estaduais são curtos e não tem o charme de antigamente.

As afirmações acima, feitas por alguns (poucos, é verdade) jornalistas, são verdadeiras, mas não tiram o brilho da conquista alvinegra no Paulistão. Um título de números expressivos e inúmeros significados!

O Timão não o conquistava desde 2003. Não ganhava um título invicto desde 95 (Copa do Brasil), exceção ao Mundial-2000, torneio de tiro curtíssimo. Não era campeão paulista invicto desde 1938 e não ganhava uma decisão do Santos desde 1930.

Já o Paulistão não tinha um campeão invicto desde 72 e agora já tem o seu campeão da década (o Mosqueteiro é o único com três títulos de 2001 pra cá).

Ronaldo não era campeão desde 2003. Sua nova volta por cima representou a consolidação de outro retorno brilhante: o ressurgimento do Timão, de novo temido pelos rivais.

Nos últimos anos, a equipe vinha amargando uma bordoada atrás da outra contra Santos, São Paulo e Palmeiras.

Em 2009, no entanto, até aqui foram quatro vitórias, três empates e nenhuma derrota em clássicos. Daí a Fiel continuar cantando, mesmo cinco meses após o fim do calvário na Série B, que "o Coringão voltou".

E voltou com os eficientes Alessandro, William e Dentinho, com os gols de André Santos, com a técnica dos volantes Cristian e Elias, com a raça de Jorge Henrique, as defesas milagrosas de Felipe, a frieza e precisão do zagueiro artilheiro Chicão e a genialidade do novo xodó e camisa 9 da Fiel.

Voltou com o trabalho sério de Mano Menezes, tão contestado por este jornalista, que acabou mordendo a língua.

Há um ano e cinco meses, um time humilhado caía para a Série B. Este mesmo time, nos últimos nove meses, ganhou 32 jogos, empatou 15, perdeu apenas 2 (um destes tropeços com o time reserva; o outro, fazendo dois gols nos últimos cinco minutos, abrindo caminho assim para a classificação às quartas-de-final da Copa do Brasil), ganhou o Paulista de forma invicta, passou a contar com os gols de Ronaldo e conseguiu os melhores contratos de patrocínio da história do futebol brasileiro.

O artilheiro de todas as Copas que me desculpe, mas fenômeno mesmo é o time do povo.


P.S. Meu filho querido, Felipe, nome de goleiro campeão, completará nove meses no próximo sábado. Nasceu no dia nove(o nove de Ronaldo) de agosto de 2008, nove dias após o aniversário de 20 anos do título paulista de número 20 do Timão (conquistado diante do Guarani, no dia 31 de julho de 1988). Nasceu no dia em que o clube conheceu sua última derrota pra valer na temporada (1x2 Vila Nova, clube que, por outra coincidência, tem o nome de minha família por parte de mãe: Villa Nova).

Como já escrevi em outras oportunidades, descobri que seria pai no dia 2 de dezembro de 2007, data do rebaixamento à Série B. O período de gestação foi o mesmo da primeira parte da reconstrução alvinegra.

E quando o Felipe finalmente veio ao mundo, começou a virada pra valer, com quase nove meses de invencibilidade (encerrada na "comemorada" derrota para o Furacão, na última semana, por 3 x 2).

Como se vê, meu filho ainda não sabe exatamente o que é uma derrota. Pé-quente, trata-se de mais um corintiano, maloqueiro e, como os tempos são outros, vencedor!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Thomas Roth recupera áudios da série "História do Futebol", do MIS


Os frequentadores do MIS (Museu da Imagem e do Som), em São Paulo (Avenida Europa, 158 - Jardins), já podem desfrutar de algumas preciosidades de seu rico acervo cultural, que até há alguns meses se encontravam em péssimas condições de uso, sem que o público pudesse ter acesso a elas.

Isso, graças a um trabalho desenvolvido pela Lua Nova, produtora de som de Thomas Roth (foto), compositor, músico e jurado do programa "Astros", do SBT.

A empresa está recuperando o áudio de importantes depoimentos históricos, pertencentes a personagens ilustres da cena brasileira.

De um total de 1.600 fitas encaminhadas pelo Museu, cerca de 500 já foram digitalizadas, encontrando-se agora disponíveis ao público na Midiateca.

Entre as jóias raras, estão depoimentos de Cartola, Adoniran Barbosa e das eternas Cantoras do Rádio, como Marlene, Inezita Barroso, Edith Veiga, Alda Perdigão, Esterzinha de Souza e Morgana.

Em breve, serão também recuperados depoimentos de grandes atores do cinema brasileiro, como o comediante Grande Otelo, além de grandes nomes da Jovem Guarda, Tropicália, MPB e ainda ícones de outros segmentos, como literatura, artes plásticas, televisão, jornalismo e até mesmo futebol.

Da série "História do Futebol", constam depoimentos dos jogadores Leônidas da Silva, Pelé, Rivellino, Gilmar dos Santos Neves, Djalma Santos e Bellini, entre outros lendários craques da seleção brasileira.

Narrações épicas de locutores como Pedro Luiz e Fiori Gigliotti também estão no acervo.

Enfim, um arquivo imperdível para quem gosta de futebol, como este jornalista que vos escreve e, tenho certeza, a grande maioria dos leitores deste blog. Vamos aguardar!

É de arrepiar!

terça-feira, 5 de maio de 2009

Hamburger do Porpeta


Que Big Mac, que nada! Pra matar o incrível apetite do humorista Alexandre Porpetone (meu colega de Galera Gol), só mesmo o pequeno sanduíche da foto, batizado no Bar do Cabeção de "Porpetaburger".

E só pra constar, a garçonete não trabalha na Augusta e nunca deu o telefone pro Porpetinha!

Valeu, Marco Bello!

Agradeço ao amigo e colega de Transamérica, Marco Bello, pela citação de meu nome numa notícia postada em seu blog, a respeito do Dia do Corintiano!

Confira aqui!

Na foto abaixo, o próprio Bello, acompanhando de perto a festa alvinegra no Pacaembu, no último domingo.!

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Nós, os palhaços!



Esta bandeira representa...

O "espetáculo do crescimento", que até hoje ninguém viu;
A turma de Marcos Valério, Delúbio e Valdomiro Diniz;
Personalidades da mídia, política e cultura indo ao aniversário de José Dirceu, o rei do mensalão;
A desculpa de que "o presidente não sabia";
A compra do dossiê no quarto de hotel;
Os "hermanos compañeros" Evo, Chaves e Fidel;
A volta triunfal do "Caçador de marajás";
Duda Mendonça e os paraísos fiscais;
A quebra do sigilo do pobre caseiro;
A dancinha da deputada sem vergonha na cara em pleno Congresso;
A família Maluf e suas contas secretas;
Os negócios fantásticos do filho do presidente, que virou grande empresário da noite pro dia;
O crescimento do PIB igual ao do Haiti;
A proteção da Justiça e do governo ao MST;
As passagens aéreas dos deputados federais e senadores;
A cara de pau dos eleitores petistas, que não admitem as calhordices do atual governo;
A decepção com Gabeira, Tasso e até mesmo FHC, que permite que sua filha ganhe salário em Brasília, mesmo sem sair de São Paulo;

Enfim, daria pra escrever, pelo menos, mais uns cinco mil versos...

Pobre povo brasileiro, que leva tapas na cara diariamente de seus políticos, em sua grande maioria, canalhas e ladrões ordinários!

(Inspirado em texto de autor desconhecido, que circula pela internet)

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Em falta com os leitores

Amigos leitores e ouvintes, estou em falta com vocês, escrevendo pouco nas últimas semanas. É a correria do dia-a-dia que não consigo driblar.

Tentarei, no entanto, postar alguns textos nesta semana, falando um pouquinho deste Paulistão que passou, além de curiosidades do mundo da bola.

Por hora, segue a seleção do Paulistão, em minha opinião.

Num torneio repleto de surpresas, mas com nível técnico apenas razoável, acabei optando, na maioria das posições, por jogadores que foram decisivos na reta final da competição.

Daí a presença de tantos corintianos na equipe.

Felipe, Alessandro, Chicão, André Dias e André Santos; Elias, Cristian, Mádson e Diego Souza**; Kléber Pereira e Ronaldo.

E parabéns ao time do povo, pela 26ª conquista estadual!


**Originalmente, havia colocado Cleiton Xavier nesta seleção. Inexplicavelmente, quando montei o time, esqueci de Diego Souza, que talvez tenha sido menos regular que seu companheiro palmeirense, mas foi mais decisivo em jogos importantes. Apesar de ter sido expulso contra o Santos, na segunda semifinal, merece um lugar nesta equipe. Fiz a correção já no programa Galera Gol, de ontem, pela Transamérica FM.