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A Espanha não era favorita contra a Alemanha. Tampouco era zebra. Porém, num duelo europeu programado para ser equilibrado, o melhor time do velho continente dos últimos quatro anos foi bem superior ao melhor time europeu das últimas quatro semanas.
A seleção alemã ontem não foi nem sombra do time que havia goleado Inglaterra e Argentina. Pior, nenhum zagueiro alemão viu a sombra cabeluda de Puyol chegando à área aos 27 minutos da etapa final.
O zagueiro do Barça fez seu primeiro gol na Copa e, pelo menos por enquanto, fez o gol mais importante da história de seu país.
Mas o gol poderia também ter sido de Iniesta, de Xavi, de Villa... Não faltaram oportunidades para a Fúria!
Fim do sonho do tetra para os alemães. Pela terceira Copa seguida, o time sofre a desilusão de chegar à semifinal e não levantar a taça!
Fica a esperança de uma grande equipe para voltar a sonhar em 2014. O Mundial da África deve ter sido o último de cinco ou seis titulares, mas tem tudo para ter sido apenas o primeiro de uma série dos jovens Müller, Ozil, Badstuber, Khedira e o goleirão Neuer.
Vale lembrar também que Podolski, apesar de duas Copas, muitos gols e algumas fases irregulares na carreira, só tem 25 anos. Ou seja, também poderá brilhar nos gramados brasileiros daqui a quatro anos.
Já a Espanha ainda tem quatro deliciosos dias para nem pensar na Copa de 2014. O inédito e perseguido título mundial nunca esteve tão próximo.
E como a Holanda também nunca foi campeã, um inédito título mundial será conquistado pela primeira vez depois de 12 anos (o último "novo campeão" foi a França).
E um inédito título mundial para uma seleção que não atua em casa será conquistado depois de longos 52 anos.
O último time forasteiro a conquistar seu primeiro título foi o Brasil, em 58. Desde então, só tivemos novos campeões ganhando em casa (Inglaterra, em 66; Argentina, em 78; e a já citada França, em 98).
Particularmente, fiquei feliz com a classificação das duas seleções. Não estava torcendo contra alemães ou uruguaios, mas acho ótimo que a mesmice tenha sido driblada em gramados sulafricanos.
Ao longo da história, húngaros, checos, suecos, portugueses e os próprios espanhóis e holandeses chegaram perto, mas sucumbiram diante dos ganhadores de sempre.
Desta vez, um destes últimos voltará a bater na trave. Mas o gol finalmente sairá para o outro. Teremos enfim um novo integrante no seleto clube dos grandes vencedores de Copas.
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