quinta-feira, 28 de maio de 2009

Ex-corintianos nos campeões europeus. E a rodada de quarta-feira...


Ao contrário do que aconteceu na última decisão da Copa da UEFA, que teve três gols brasileiros (Luiz Adriano e Jadson, pelo Shakhtar, e Naldo, pelo Werder Bremen), e em finais recentes da própria Liga dos Campeões, nenhum jogador de nosso país brilhou na vitória do Barcelona sobre o Manchester por 2 x 0.

Sylvinho (foto) e Daniel Alves foram nossos representantes na terceira conquista européia do Barça. Mas apenas o primeiro esteve em campo na final. E ainda assim, com atuação discreta.

Do outro lado, também um único brasileiro. Que também teve atuação discreta: o ex-gremista Anderson, substituído no intervalo por Tevez, justamente o outro personagem da decisão com passagem pelo Brasil.

Dois ex-corintianos e um ex-gremista. Dois brasileiros e um argentino.

É curioso notar a presença de ex-jogadores do Coringão em quase todos os últimos campeões europeus.

Paulo Sérgio ganhou com o Bayern, em 2001; o goleiro Dida, com o Milan, em 2003 e 2007; Deco com o Porto, em 2004, e com o Barça, em 2006; e Tevez com o Manchester, em 2008.

Apenas o Real Madrid, em 2002, e o Liverpool, em 2005, não entram na lista.

Estranha-me a coincidência pelo fato do Timão ter "exportado" craques em menor número do que São Paulo, Inter, Flamengo, Santos e Grêmio, entre outros rivais, nos últimos anos. Basta ver as últimas convocações de Dunga para reparar no número inexpressivo de ex-corintianos na seleção.

O que se explica pelos elencos medianos que o clube teve de 2003 em diante. Exceção feita aos "galáticos" da MSI e ao atual time titular, que vem jogando muito bem.

Falando um pouco mais do campeão paulista, embora a fase seja excelente, o técnico Mano Menezes ainda precisa extrair uma postura mais regular de seus comandados durante os 90 minutos de uma partida.

Em três jogos recentes (contra Santos, Fluminense e Vasco), o time se acomodou diante da vantagem no placar e só acordou ao levar gols. Fica a impressão que os jogadores amolecem com a facilidade encontrada, ao invés de partirem pra cima do adversário quase nocauteado.

Mesmo assim, com a grande fase de Dentinho e um toque de bola quase encantador no meio-campo (com a ressalva de que Douglas, André Santos e Morais perdem muitas bolas de maneira infantil), o Coringão está a um passo da decisão da Copa do Brasil.

Mais perto ainda desta final está o Colorado, que nem precisou de Nilmar para arrebentar com o Coritiba, na primeira partida.

Em outro duelo nacional, mas pela Libertadores, o Cruzeiro está em vantagem.

Porém, ganhou de pouco do Tricolor, se levarmos em conta o futebol apresentado pelos dois times. Especialmente os gols perdidos na etapa inicial podem fazer falta à Raposa, no jogo da volta.

Depois de ser eliminado na casa do adversário duas vezes seguidas, mesmo tendo vencido o primeiro jogo (contra Grêmio e Fluminense, em 2007 e 2008), o técnico Muricy sabe que é perfeitamente possível conseguir a virada, diante de 60 mil tricolores (será?? Espero que a torcida sãopaulina finalmente acorde nesta temporada e encha o estádio).

Já o Grêmio trouxe um importante empate da terra do fanfarrão Chaves (não confundir com o personagem mexicano), manteve a invencibilidade no torneio e deve chegar à semifinal com tranquilidade.

Quanto ao Palmeiras, não espero nada além de uma vitória sobre o Nacional, mesmo que por diferença mínima, nesta noite, no Palestra.

Sendo assim, considero muito boa a chance de um brasileiro encarar o Barça, no fim do ano, em Dubai.

Pra quem gosta de números, nas outras duas participações do time catalão em Mundiais, o mesmo era considerado favorito (como deverá ser considerado nesta temporada), tinha um baita time (assim como o atual) e acabou caindo diante de brasileiros!

Perdeu para o São Paulo, em 92, e para o Inter, em 2006. Esperemos uma nova zebra de listras verde e amarelas em dezembro.

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