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Incluindo aí algumas pontas e pequenos papéis em produções de menor importância, rodadas antes de seu primeiro sucesso, O Demolidor (1993), no qual fez par romântico, pasmem, com Silvester Stallone.
Sandra já havia chamado a atenção em O Silêncio do Lago, mas interpretando uma garota que fica sumida durante a maior parte do suspense. Como protagonista, as grandes chances vieram em Velocidade Máxima (94) e Enquanto você Dormia (95), longas que definitivamente a alçaram ao estrelato.
Apesar da fama e do talento comprovado, especialmente para comédias dramáticas e romances açucarados, Sandra tem vivido nos últimos quinze anos quase sempre personagens parecidos.
Ela pode ser uma policial atrapalhada (Miss Simpatia), uma esposa rica e mimada (Crash), uma jovem aventureira (Forças do Destino) ou uma executiva que vive em função do patrão (Amor à Segunda Vista), mas os traços de personalidade dificilmente mudam.
Sandra é sempre a garota que aparenta força e coragem, mas que no fundo carrega consigo insegurança e frustrações.
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Em A Proposta, comédia na qual faz par romântico com Ryan Reynolds (uma espécie de Jim Carrey um pouco menos talentoso e, ainda bem, bem menos exagerado nos trejeitos e caretas), ela parece, inicialmente, dar uma guinada na carreira.
Sandra vive a poderosa e arrogante editora de livros Margaret, aquele tipo de chefe que provoca o ódio até de seu funcionário mais pacato.
Reynolds é seu dedicado assistente Andrew, que em troca do sonho de subir na empresa, aguenta ser seguidamente humilhado pela megera.
Porém, as coisas mudam quando a executiva se vê obrigada a arrumar um casamento de mentira para não ser deportada ao Canadá, seu país de origem. Para não ver seu esforço de anos ser jogado no lixo, Reynolds aceita então a missão "matrimonial", mas com uma condição: levar a moça ao Alasca, onde vive sua família.
É aí que inúmeras surpresas começam a pipocar na telona (ou telinha, já que o filme chegará nos próximos dias às locadoras) e... bingo! Mais uma vez o público descobre que, por trás de toda a empáfia de Margaret, há enfim uma garota cheia de carência e decepções. É Sandra Bullock voltando ao seu papel usual.
E isso é ruim? Muito pelo contrário. A atriz está divertidíssima, ajudada por um roteiro bem razoável, piadas no timing correto e coadjuvantes impagáveis, como a vovó moderninha, vivida por Betty White, e o imigrante Ramone, papel de Oscar Nuñez.
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