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Se você fosse o responsável pela maior bilheteria do cinema em todos os tempos, o que faria? Tentaria repetir uma pequena fração deste êxito num novo filme ou ficaria um tempo afastado dos estúdios, apenas curtindo seu incomparável triunfo profissional?
Bem, o canadense James Cameron, responsável pelo faturamento de dois bilhões de dólares (somente nos cinemas) do épico Titanic, não fez uma coisa, nem outra. É bem verdade que o cineasta ficou doze anos longe dos sets de filmagem. Porém, não sossegou em nenhum momento neste período.
Apaixonado pelo cinema e por suas inúmeras possibilidades tecnológicas, Cameron desenvolveu nos últimos anos novos equipamentos de filmagem e edição. Alguns deles já foram utilizados em documentários filmados debaixo d´água.
No entanto, doze anos sem comandar uma super-produção para alguém que já dirigiu "blockbusters" como Alien, O Oitavo Passageiro, O Exterminador do Futuro e O Segredo do Abismo é uma eternidade. E a aguardada volta do diretor aos sets veio com Avatar, ficção científica de 190 milhões de dólares.
Todos esperam por um filme grandioso. Até porque o orçamento oficial, divulgado pela Fox, é colocado em dúvida pela crítica especializada.
Comenta-se até que os custos da produção teriam extrapolado a marca de 400 milhões de dólares. Línguas maldosas em Hollywood dizem que após bater recordes com o naufrágio de um navio, Cameron afundará a Fox, caso Avatar se torne um grande fiasco.
Especulações à parte, o elenco desta nova ficção conta com Sam Worthington, Michelle Rodriguez, Giovanni Ribisi e a primeira grande estrela do diretor, Sigourney Weaver.
A atriz volta a trabalhar com seu "descobridor" trinta anos após interpretar pela primeira vez a subtenente Ripley, na franquia Alien.
Com estreia prevista no Brasil para o dia 18 de dezembro, Avatar traz um soldado paraplégico que poderá voltar a andar participando de um programa científico do governo.
Vivido pelo ainda pouco conhecido Worthington, o ex-combatente viaja para uma lua distante, onde seus pensamentos controlarão um ser híbrido, criado pelos humanos. O problema é que os seres primivitos que habitam a lua não ficam satisfeitos com a presença dos "forasteiros".
Com efeitos especiais inéditos, a produção tem tanto locações reais, quanto virtuais. E 40% das cenas contam com atores reais. O restante foi produzido por meio da tão em moda CGI (Computer Generated Imagery).
A sigla, que em português significa "imagem gerada por computador", tem sido assunto de acaloradas discussões no meio cinematográfico. Para muitos, tanta tecnologia estaria matando a sétima arte.
Já para Cameron, trata-se de apenas mais um brinquedinho mágico que possibilita a ele despejar na telona toda sua criatividade.
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