quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

O ano da redenção!

Tudo bem, não foi assim um ano de atuações espetaculares ou de grandes equipes. Nenhum time desta temporada entrará para a história dos maiores esquadrões do futebol brasileiro.

O Brasileirão foi apenas razoável tecnicamente e nossos representantes na Libertadores fracassaram (embora tenhamos de destacar a belíssima campanha do Cruzeiro, vice-campeão).

Já nossos craques "europeus" tiveram o destaque habitual, mas nenhum deles fez metade do que Ronaldinho, Romário, Rivaldo e até mesmo Kaká fizeram em seus melhores momentos no Velho Continente.

Apesar de tudo isso, mesmo parecendo paradoxal, achei a temporada 2009 fantástica para o futebol brasileiro!

Ano de ressurgimentos, de redenções, de emoções fortes e vitórias marcantes.

Ano da confirmação de que o técnico Dunga está no caminho certo e de que a seleção chegará mais uma vez a uma Copa com possibilidades enormes de vencê-la;

Ano de alegrias inimagináveis para flamenguistas e tricolores cariocas. O Mengão voltou a ser gigante em nível nacional e o Flu resgatou o amor e o orgulho de seus torcedores.

Ano de redenção para Cuca, treinador campeão carioca pelo Fla, parcial campeão brasileiro pelo mesmo time (o Mengão iniciou a competição ainda sob seu comando) e campeão absoluto da superação com o guerreiro time das Laranjeiras.

Nenhum jornalista, a certa altura do Brasileirão, disse que o Flu tinha chances de escapar do rebaixamento. Todos quebraram a cara.

O ano de 2009 teve ainda o ressurgimento da força corintiana, com dois títulos conquistados pelos pupilos de Mano Menezes no primeiro semestre.

Mano repetiu as façanhas de Parreira e Eduardo Amorim, campeões de dois torneios num único semestre (Parreira em 2002 e Amorim em 1995), e repetirá a proeza de Oswaldo Brandão, último treinador a comandar o clube por mais de duas temporadas consecutivas.

O ano foi de redenção - mais uma vez - também para Ronaldo Fenômeno, artilheiro do Timão na temporada e autor de gols antológicos, como o da decisão contra o Peixe, na Vila de Pelé.

E eu ainda poderia destacar os retornos triunfais de Fred, Nilmar, Adriano, Tardelli e até mesmo Washington, que soube cativar a torcida do São Paulo nas rodadas derradeiras do Brasileirão.

E o que falar do gol de Diego Souza contra o Atlético e do gol de Nilmar contra o Corinthians? Pura arte!

Enfim, o saldo de 2009 é mais do que positivo. Inversamente proporcional ao saldo devedor dos caixas dos grandes clubes de nosso País. Neste aspecto, a arte dá lugar à incompetência.

Nossos dirigentes, em que pese o fato de estarem mais atentos a questões como o marketing, a valorização de suas marcas e a organização de campeonatos, ainda engatinham se comparados ao trabalho dos cartolas europeus.

Um dia chegaremos lá. Ou não, vai saber... Queremos sempre mostrar otimismo nesta época do ano. Então, desejo um 2010 de muita inspiração a todos os nossos dirigentes.

Que eles também possam, fora de campo, marcar gols como os de Nilmar, Diego Souza, Luiz Fabiano, Adriano...

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